terça-feira, 30 de agosto de 2011

Brasil investirá R$ 4,7 bilhões para evitar apagão na Copa

A União, os governos estaduais e as concessionárias do setor elétrico avaliaram a necessidade de investimento do país para evitar um apagão durante a Copa do Mundo de 2014 e chegaram à conclusão de que serão necessários R$ 4,7 bilhões para que as 12 cidades-sede tenham eletricidade garantida durante o evento. A informação é do jornal Valor Econômico.

País precisa investir R$ 20 bi na energia

Desse montante, R$ 3,4 bilhões devem sair das distribuidoras de energia. Será preciso estabelecer critérios mais rígidos para que não haja apagões durante o Mundial.

As demandas das cidades são diferentes. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Light promete trocar os equipamentos mais antigos até a Copa de 2014. Em Manaus, há o risco de um déficit de 650 megawatts caso haja atraso na construção da linha de transmissão que liga a hidrelétrica de Tucuruí à cidade.

Muitas sedes, inclusive São Paulo, querem implementar os chamados eletroanéis, que criam rotas alternativas para a alimentação da rede caso haja um problema em algum ponto dela.

O grupo que estudou as necessidades da rede elétrica para a Copa viu necessidades maiores em quatro sedes: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. A Fifa exige que duas fontes distintas de energia elétrica abasteçam os estádios, para que não haja um catastrófico apagão durante o evento.

Além da Copa, o país tem outras necessidades de modernização do sistema de transmissão de energia. Estudos da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) apontam que a infraestrutura presente no Brasil atualmente não comporta a influência de grandes fenômenos naturais, como ventos fortes e chuvas. Por isso, o país como um todo terá de gastar R$ 20 bilhões no setor.

Em entrevista ao R7, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca, disse que para evitar sucessivos apagões nos próximos anos seria necessário trocar a rede de distribuição de energia em todo país. Ele afirma que, atualmente, grande parte da rede é a mesma de 50 anos atrás, quase 100% aérea e, por isso, exposta aos fenômenos climáticos.

- Essas redes foram desenhadas para suportar [ventos de] 80 km/h, e hoje em dia estão acontecendo ventos cada vez mais intensos, que chegam a até 160 km/h. Elas [as redes] acabam não suportando.

Em relação à Copa do Mundo, o Brasil enfrenta ainda outros problemas de estrutura, como os flagrantes atrasos nas obras de alguns estádios e aeroportos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TJ determina que Eletropaulo restabeleça energia em até 4h após apagão

Caso não siga determinação, empresa pagará R$ 500 mil por hora de atraso. Relator determina ainda que consumidor seja ressarcido


TJ determina que Eletropaulo restabeleça energia em até 4h após apagão Caso não siga determinação, empresa pagará R$ 500 mil por hora de atraso. Relator determina ainda que consumidor seja ressarcido


O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que, em caso de novo apagão na capital paulista, a AES Eletropaulo deve restabelecer o serviço de distribuição de energia elétrica no prazo máximo de quatro horas, sob pena com multa de R$ 500 mil por hora de atraso. A decisão, protocolada na quarta-feira (24), teve como relator o desembargador Nogueira Diefenthaler, da 5ª Câmara de Direito Público.
Na decisão, Diefenthaler cita que a concessionária de energia elétrica na região deve ainda "tomar inúmeras medidas com o fito de evitar os chamados ‘apagões’ no verão que se aproxima”. A ação foi proposta pelo Estado e pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).

"É notório que a empresa Eletropaulo deixou de prestar serviço de qualidade nos eventos relatados na inicial; O declínio ocorreu a olhos vistos, a ponto de certos locais da metrópole terem ficado mais de 24 horas sem energia, o que pode ser considerado inadmissível nos dias atuais", defende o relator.

Além da multa imposta pelo atraso do normalização do sistema, o texto ainda determina ressarcimento aos consumidores que registrarem danos nas residências, como aparelhos elétricos queimados. Procurada pela reportagem do iG, a Eletropaulo afirmou que ainda não foi notificada pela Justiça.


No dia 28 de junho, um apagão atingiu parte da capital paulista e da região metropolitana. Bairros das zonas sul e oeste da capital, como Perdizes, Pompéia, Pinheiros, Vila Madalena, Jardins e Morumbi registraram pontos sem energia elétrica. Também houve relato de falta de luz na cidade de Osasco.

De acordo com a AES Eletropaulo, o problema foi na subestação Milton Fornasaro, da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), na região oeste de São Paulo, e afetou cerca de 700 mil clientes de bairros da região.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bairros da zona sul registram novo apagão

Falha deixou a região da Vila Mariana e do Paraíso sem luz por mais de cinco horas

Do "Agora"

Doze dias após um apagão nas zonas oeste e sul de Sâo Paulo, que deixou 700 mil consumidores sem luz, parte de cidade voltou a sofrer com a falta de energia elétrica na tarde de ontem.
Uma falha no fornecimento na região da Vila Mariana e do Paraíso (zona sul da capital) deixou moradores e comerciantes sem luz por mais de cinco horas.
Segundo a AES Eletropaulo, um fio que se partiu na avenida Lins de Vasconcelos causou o problema, às 14h. A falta de luz ocorreu nas ruas Vergueiro, Tupinambás, Bernardino de Campos e nas imediações.
Sem energia, a rotina dos alunos do cursinho Alferes COC, na rua Vergueiro, foi alterada. Para aproveitar o restante da luz solar, o professor de matemática Feres Fares, 40, abriu todas as cortinas, aproximando os alunos da janela. Mesmo assim, o aluno Fernando Zacheu, 18, reclamou. "Não dá pra enxergar a lousa direito e fico com mais sono."
O fornecimento foi normalizado às 19h20. A AES não confirmou o total de consumidores afetados. Em 12 de julho a empresa recebeu a maior multa de sua história por problemas no fornecimento de energia entre 2009 e maio de 2010 e foi autuada em mais de R$ 26 milhões.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Distribuidora de luz tem de arcar com prejuízo causado ao cliente por apagão


Publicado em: 08/08/2011 07:16:36


Queima de aparelhos eletrônicos deve ser ressarcida; se o consumidor sofreu danos morais, também pode solicitar indenização
O Código de Defesa do Consumidor diz que energia elétrica é um bem essencial à vida e, portanto, deve ter fornecimento contínuo. É com base nessa regra que os consumidores que tiveram aparelhos eletrônicos queimados durante os diversos blecautes ocorridos no País podem pedir o ressarcimento do prejuízo. Danos morais também podem ser cobrados das distribuidoras de energia, dizem os órgãos de defesa do consumidor.

Para pedir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo apagão, explica Fátima Lemos, assessora técnica da Fundação Procon-SP, o consumidor deve entrar em contato com a distribuidora de energia (Eletropaulo ou Light, por exemplo) o mais rápido possível. O prazo para o consumidor registrar a queima de um aparelho é de 90 dias. Mas quanto antes for feito, melhor, reforça. Saber o dia, o mês e a hora que ocorreu a queima do aparelhos (que, provavelmente, deve ser na mesma data da falta de luz) são essenciais pro registro na empresa.

Depois disso, a distribuidora tem 10 dias para avaliar o produto e a situação. No caso de queima de geladeira, o prazo cai para 1 dia. Quando há um sistema de segurança ou portão queimado, por exemplo, a análise também deve ser mais curta, explicam os órgãos defesa do consumidor. Em seguida, a empresa tem 15 dias para responder ao cliente. E, se for detectado que realmente o aparelho queimou por conta da oscilação ou falta de luz, o ressarcimento pode demorar ainda mais 20 dias.

Outra coisa que pode ser pedida pelo consumidor à empresa de fornecimento de luz é o reembolso do prejuízo com comidas que estavam na geladeira, mas estragaram por conta da falha na entrega da energia.

E a distribuidora só poderá eximir-se da responsabilidade do ressarcimento se comprovar o uso incorreto do equipamento; defeitos gerados por instalações internas da unidade consumidora; a inexistência de relação entre o estrago do aparelho e a provável causa alegada; ou ainda, se o consumidor providenciar, por sua conta e risco, a reparação do equipamento antes do término do prazo para a inspeção, pontua Mariana Ferreira Alves, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

No caso de danos morais, comenta Fátima, o procedimento de registro da reclamação é mesmo. Pelo telefone ou site da companhia, explica a técnica do Procon-SP. Deve-se tentar uma solução amigável. Se não ocorrer, o consumidor deve ir à Justiça.

Em fevereiro deste ano, devido aos recorrentes apagões e falhas no fornecimento da luz em São Paulo, o Procon-SP criou um selo específico de reclamações contra as empresas de energia elétrica. Até sexta-feira, já havíamos processado 1.324 reclamações; 90% delas são contra a Eletropaulo, calcula. Os interessados em reclamar sob o selo devem entrar no site do Procon-SP e clicar sob o slogan.

Tarifa alta. O brasileiro paga uma das tarifas de eletricidade mais caras do mundo, mas a qualidade do serviço prestado não resiste a mau tempo, critica Maria Inês Dolci, diretora da Associação ProTeste.

Em geral, as falhas no fornecimento de eletricidade são compensadas com descontos na conta de luz, comenta Maria Inês. Mas isso não é suficiente, emenda a especialista.

Por isso, a ProTeste orienta os consumidores que ficarem sem energia por muitas horas e não puderem tomar um banho quentinho, usar o computador, assistir à TV, usar elevador, e tiverem perdas com alimentos na geladeira a buscar seus direitos, afinal, paga-se pela prestação de um serviço essencial, frisa a diretora da Associação.
Fonte: www.estadao.com.br

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Apagão deixa Maceió e região metropolitana sem eletricidade Eletrobras diz que causa foi explosão em transformador.

07h34, 04 de Agosto de 2011 Amanda Dantas

Ilustração

Um apagão na noite de ontem (03), deixou os maceioenses e moradores da região metropolitana de Maceió sem energia. De acordo com a Eletrobras, empresa responsável pelo fornecimento de energia de Alagoas, uma explosão em um transformador de corrente na subestação no bairro do Tabuleiro teria ocasionado a falta de eletricidade.

Em parte de Maceió a eletricidade foi restabelecida em pouco mais de uma hora. Contudo algumas áreas chegaram a ficar mais de três horas sem luz. A empresa divulgou nota informando a causa do incidente. Porém, a nota não aponta possíveis causas da explosão.

Ainda de acordo com a Eletrobras, o bairro do Benedito Bentes teria sido a região mais atingida e o restabelecimento no bairro estaria comprometido. Municípios como Marechal Deodoro, Coqueiro Seco e Satuba também foram atingidos.

Leia abaixo a nota na íntegra:

A Eletrobras Distribuição Alagoas informa que a falta de energia registrada em Maceió e parte da região metropolitana, na noite desta quarta-feira (03), foi ocasionada pela explosão de um transformador de corrente, instalado na subestação do Tabuleiro do Martins. O equipamento irá passar por uma inspeção minuciosa para que a causa da explosão seja identificada. O fato ocorreu às 19h52 e, a partir das 20h42, a energia começou a ser restabelecida. Foram atingidos os municípios de Maceió, Marechal Deodoro, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e parte da Barra de São Miguel. Assim que o problema ocorreu, a Eletrobras enviou equipes ao local a fim de restabelecer o sistema elétrico. Neste momento, apenas a região do Benedito Bentes ainda está sem energia. Os técnicos estão trabalhando para normalizar o fornecimento o mais rápido possível.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Falha em sensor causou apagão em SP, diz companhia

Agência Estado

O apagão que deixou sem luz cerca de 700 mil pessoas nas zonas oeste e sul da capital paulista na noite de quinta-feira passada foi provocado por falha em um relé, uma espécie de sensor eletrônico que fecha circuitos elétricos em caso de pane. Segundo a explicação oficial dada ontem pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), concessionária privada de transmissão de energia elétrica, o relé operou indevidamente e acionou a barra de proteção, desligando automaticamente os transformadores da Subestação Milton Fornasaro, no Jaguaré, zona oeste.

"Foi um defeito no sistema de proteção, que atuou como se houvesse uma falha nas barras da subestação, sendo que essa falha não existia", informou a CTEEP, em nota, afirmando que está "avaliando mudanças para melhorias no sistema".

A explicação da CTEEP causou estranheza ao professor aposentado da Escola Politécnica da USP José Antônio Jardini, especialista no tema. "Mesmo no caso de uma operação indevida do relé, é difícil desligar toda a subestação, como ocorreu. Algo não está fazendo muito sentido nessa história", afirmou o especialista.

Por meio da Secretaria de Energia, o governo do Estado formalizou ontem pedido para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) multe de forma "exemplar" a CTEEP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Luis Nassif: Para entender o caso Eletropaulo

Sáb, 30 de Julho de 2011 18:27




por Luis Nassif, no seu blog,

Ainda faltam mais dados para saber as razões do apagão de ontem em São Paulo. Pode ser problema da distribuidora (Eletropaulo) ou da transmissão (CTEEP).

Mas o apagão anterior e a reação do governo de São Paulo – investindo pesadamente contra a Eletropaulo – tem muito mais motivação política do que de defesa do consumidor.

Em abril a Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica) fez sua pesquisa anual de satisfação do consumidor. Houve uma melhora na percepção do cliente da Eletropaulo em relação à empresa.

Aí veio o evento, chuvas e ventos de 160 km por hora, 260 árvores derrubadas na cidade de São Paulo. Todas as redes aéreas de eletricidade são projetadas para suportar ventos de até 80 km/h. Logo, havia um atenuante para os problemas enfrentados pela concessionária.

Qual a razão das críticas do governo paulista?

Simples. No processo de reestruturação das dívidas do setor, depois do apagão de 2002, o BNDES ficou com 49% das ações da Eletropaulo em garantia – mesmo porque o financiamento tomado, antes, pela AES, não tinha garantias reais.

Agora, o BNDES decidiu colocar as ações à venda.

Há um movimento de consolidação do setor de distribuição de energia que tem na Camargo Correa o principal interessado. Em todos os países ocorreu essa consolidação. No Brasil, o setor ainda é bastante pulverizado.

Hoje em dia, a CPFL é controlada pela Camargo e pela Previ. A ideia será juntar CPFL, Eletropaulo e Elektro em uma grande empresa. Para que dê certo, a Previ teria que vender para a Iberdrola sua participação na Neonergia (que atende os mercados do nordeste) e comprar da mesma empresa a Elektro.

O maior obstáculo a essa consolidação é a AES, que não pretende abrir mão da Eletropaulo. E, aliás, tem praticado uma política pesada de distribuição de dividendos.

Os ataques do governo paulista visam enfraquecer sua posição para que a Camargo Correa assuma a liderança do processo no estado.

Apagão atinge bairros das zonas oeste e sul de São Paulo

DE SÃO PAULO

Um apagão atingiu diversos bairros da zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A AES Eletropaulo informou que o problema foi na Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).

Envie relatos ou fotos sobre o apagão em SP
Falta de energia em SP afeta trens da linha 4-Amarela do metrô

A Cteep confirmou um problema na subestação Milton Fornasaro, mas não soube informar a causa da interrupção no abastecimento. A companhia também não soube informar quanto tempo durou a falta de energia.

Por meio de nota, a Eletropaulo informou que a falha da Cteep interrompeu o fornecimento de energia elétrica a 700 mil clientes. Entre os principais bairros da zonas oeste e sul atingidos, de acordo com a empresa, estão Vila Madalena, Jardins, Morumbi, Pompéia e Pinheiros.

Ainda segundo a Eletropaulo, para agilizar o restabelecimento, a empresa iniciou a transferência de carga entre suas subestações para contribuir com o trabalho da Cteep.

Moradores das ruas Teodoro Sampaio, Cardeal Arcoverde, João Moura, rua dos Pinheiros e Mateus Grou e das avenidas Vital Brasil, Sumaré e Pompéia relataram falta de energia nas redes sociais.

Também há relatos de falta de luzna região do Jaguaré e do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Devido ao problema, as hashtags #semluz e #apagaosp ganharam destaque no Twitter no início da noite.

A falta de energia nas zonas oeste e sul de São Paulo também provocou apagões nos semáforos da Capital.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por volta das 19h30, dois cruzamentos estavam com os semáforos apagados: rua Salvador Gianetti com a rua Otelo Augusto Ribeiro e rua dos Pinheiros com a rua Bianchi Bertoldi.

MULTA

No último dia 12 de julho, a AES Eletropaulo recebeu a maior multa de sua história por problemas no fornecimento da energia entre 2009 e maio de 2010. A empresa foi autuada em mais de R$ 26 milhões pela Arsesp (agência estadual responsável por fiscalizar as empresas que vendem energia em São Paulo).

O prazo para que a empresa recorra da decisão foi de dez dias após a aplicação da multa. O recurso em primeira instância, deveria ser encaminhado à própria Arsesp. Já em segunda instância, a apelação deve ser endereçada à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

À época, a empresa de energia havia informado apenas que "está analisando administrativamente a multa". A Arsesp e a AES Eletropaulo não foram localizadas para comentar o desfecho da sanção imposta no dia 12.

APAGÃO

Em fevereiro de 2010, 16 bairros da Capital ficaram sem luz após uma forte chuva que atingiu a cidade. Na ocasião, algumas famílias chegaram ficar mais de 24 horas às escuras.

Já em junho deste ano, mês não compreendido pela fiscalização da Arsesp, 600 mil unidades consumidoras foram afetadas por um vendaval, o que pode significar mais de 2 milhões de pessoas, segundo a Eletropaulo. Algumas famílias ficaram entre 60 e 80 horas sem luz.

Na ocasião, a empresa informou em anúncios publicado nos jornais que disponibilizaria formulários de pedido de indenização por danos causados pelo problema.

No último dia 22 daquele mês, a Procuradoria Geral do Estado e a Fundação Procon ingressaram com uma ação civil pública, com pedido de tutela antecipada, --representando o governo do Estado-- contra a empresa.

A ação conjunta da Procuradoria e Procon pede o cumprimento da resolução da Aneel que estabelece o prazo máximo de quatro horas para o restabelecimento de energia em casos de interrupções no fornecimento, sob o risco de aplicação de multa de R$ 500 mil por hora de atraso no restabelecimento.

Além disso, a ação pede indenização por danos morais coletivos; reparação dos prejuízos individuais dos consumidores neste e em apagões futuros; adequação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa, para que funcione em dias da apagão; adequação de procedimentos preventivos; entre outros

FISCALIZAÇÃO

Reportagem da Folha do último dia 6 mostrou que a Arsesp utilizou apenas 37% de seu orçamento entre os anos de 2008 e 2010. Ao todo, foram R$ 56,5 milhões utilizados, enquanto R$ 97,9 milhões ficaram parados.

De acordo com o texto, as reclamações por falta de energia dos clientes da maior delas, a AES Eletropaulo, por exemplo, aumentaram 83%. Os cortes de luz em algumas áreas da região metropolitana, inclusive, vêm ficando cada vez mais frequentes, acima do considerado ideal pelo contrato de concessão.

A agência estadual admite não ter usado recursos, mas nega falta de fiscalização. Em três anos, no caso da AES Eletropaulo, houve 15 ações de fiscalização. Dessas, nove ainda estão em análise, algumas desde 2009. Outras cinco estão arquivadas e só uma resultou em multa.

Apagão atinge bairros das zonas oeste e sul de São Paulo

DE SÃO PAULO

Um apagão atingiu diversos bairros da zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A AES Eletropaulo informou que o problema foi na Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).

Envie relatos ou fotos sobre o apagão em SP
Falta de energia em SP afeta trens da linha 4-Amarela do metrô

A Cteep confirmou um problema na subestação Milton Fornasaro, mas não soube informar a causa da interrupção no abastecimento. A companhia também não soube informar quanto tempo durou a falta de energia.

Por meio de nota, a Eletropaulo informou que a falha da Cteep interrompeu o fornecimento de energia elétrica a 700 mil clientes. Entre os principais bairros da zonas oeste e sul atingidos, de acordo com a empresa, estão Vila Madalena, Jardins, Morumbi, Pompéia e Pinheiros.

Ainda segundo a Eletropaulo, para agilizar o restabelecimento, a empresa iniciou a transferência de carga entre suas subestações para contribuir com o trabalho da Cteep.

Moradores das ruas Teodoro Sampaio, Cardeal Arcoverde, João Moura, rua dos Pinheiros e Mateus Grou e das avenidas Vital Brasil, Sumaré e Pompéia relataram falta de energia nas redes sociais.

Também há relatos de falta de luzna região do Jaguaré e do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Devido ao problema, as hashtags #semluz e #apagaosp ganharam destaque no Twitter no início da noite.

A falta de energia nas zonas oeste e sul de São Paulo também provocou apagões nos semáforos da Capital.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por volta das 19h30, dois cruzamentos estavam com os semáforos apagados: rua Salvador Gianetti com a rua Otelo Augusto Ribeiro e rua dos Pinheiros com a rua Bianchi Bertoldi.

MULTA

No último dia 12 de julho, a AES Eletropaulo recebeu a maior multa de sua história por problemas no fornecimento da energia entre 2009 e maio de 2010. A empresa foi autuada em mais de R$ 26 milhões pela Arsesp (agência estadual responsável por fiscalizar as empresas que vendem energia em São Paulo).

O prazo para que a empresa recorra da decisão foi de dez dias após a aplicação da multa. O recurso em primeira instância, deveria ser encaminhado à própria Arsesp. Já em segunda instância, a apelação deve ser endereçada à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

À época, a empresa de energia havia informado apenas que "está analisando administrativamente a multa". A Arsesp e a AES Eletropaulo não foram localizadas para comentar o desfecho da sanção imposta no dia 12.

APAGÃO

Em fevereiro de 2010, 16 bairros da Capital ficaram sem luz após uma forte chuva que atingiu a cidade. Na ocasião, algumas famílias chegaram ficar mais de 24 horas às escuras.

Já em junho deste ano, mês não compreendido pela fiscalização da Arsesp, 600 mil unidades consumidoras foram afetadas por um vendaval, o que pode significar mais de 2 milhões de pessoas, segundo a Eletropaulo. Algumas famílias ficaram entre 60 e 80 horas sem luz.

Na ocasião, a empresa informou em anúncios publicado nos jornais que disponibilizaria formulários de pedido de indenização por danos causados pelo problema.

No último dia 22 daquele mês, a Procuradoria Geral do Estado e a Fundação Procon ingressaram com uma ação civil pública, com pedido de tutela antecipada, --representando o governo do Estado-- contra a empresa.

A ação conjunta da Procuradoria e Procon pede o cumprimento da resolução da Aneel que estabelece o prazo máximo de quatro horas para o restabelecimento de energia em casos de interrupções no fornecimento, sob o risco de aplicação de multa de R$ 500 mil por hora de atraso no restabelecimento.

Além disso, a ação pede indenização por danos morais coletivos; reparação dos prejuízos individuais dos consumidores neste e em apagões futuros; adequação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa, para que funcione em dias da apagão; adequação de procedimentos preventivos; entre outros

FISCALIZAÇÃO

Reportagem da Folha do último dia 6 mostrou que a Arsesp utilizou apenas 37% de seu orçamento entre os anos de 2008 e 2010. Ao todo, foram R$ 56,5 milhões utilizados, enquanto R$ 97,9 milhões ficaram parados.

De acordo com o texto, as reclamações por falta de energia dos clientes da maior delas, a AES Eletropaulo, por exemplo, aumentaram 83%. Os cortes de luz em algumas áreas da região metropolitana, inclusive, vêm ficando cada vez mais frequentes, acima do considerado ideal pelo contrato de concessão.

A agência estadual admite não ter usado recursos, mas nega falta de fiscalização. Em três anos, no caso da AES Eletropaulo, houve 15 ações de fiscalização. Dessas, nove ainda estão em análise, algumas desde 2009. Outras cinco estão arquivadas e só uma resultou em multa.